Embora a palavra presidenta esteja dicionarizada, e alguns especialistas (inclusivamente no Ciberdúvidas) defendam o seu uso, assim como o de «estudanta», «ajudanta», «parenta», continuo a pensar que tais formas se devem evitar na linguagem que se queira mais cuidada. A tendência popular é, de facto, «feminizar» os substantivos provenientes do particípio presente latino que não variava em género: "amans","amantis" (amante,que ama); "legens", "legentis" (lente, que lê); "audiens", "audientis" (ouvinte, que ouve). Na minha opinião, porém, a tendência popular não torna obrigatório para todos os falantes o uso das formas populares em qualquer contexto ou discurso.
Desculpem-me os especialistas, por certo mais experientes e sabedores destas coisas da Língua, mas não estou a ver um ofício de um organismo público da Educação, dirigido a uma escola, a falar na «estudanta» que perdeu o ano por faltas.
Em conclusão, se fosse eu, dirigia a carta à «Senhora Presidente».