S. Tomé e Príncipe foi destino de escravos e trabalhadores forçados idos de Angola e de Cabo Verde, a par dos colonos portugueses. As relações económicas assim desencadeadas originaram uma diversidade de falares: além do português, desenvolveram-se outros idiomas locais, como o angolar, o forro, o moncó (no Príncipe), autênticas línguas francas. Uma das características destas línguas locais, tal como em Cabo Verde: incorporaram muitos termos arcaicos portugueses, que não estiveram expostos às modificações ocorridas em Portugal. Por isso mantiveram-se expressões portuguesas arcaicas há muito caídas em desuso em Portugal.
Bem ou mal, creio que em S. Tomé e Príncipe toda a gente fala português. Quando digo "bem ou mal" quero dizer que se trata de um país com analfabetismo e que sofreu também um colapso no ensino depois da independência. Os dirigentes políticos, claro, expressam-se num português considerado normal.