A supressão do s na 1.ª pessoa do plural na conjugação reflexa é explicada por José Joaquim Nunes do seguinte modo (Compêndio de Gramática Histórica Portuguesa, Lisboa: Clássica Editora, pág. 281/282):
«Além da sua assimilação ao pronome o, na sua forma arcaica, e posterior eliminação [...], o -s da primeira pessoa do plural cai, por haplologia, na conjugação reflexa, quando o pronome que se lhe segue é átono; conserva-se, porém, se este desempenha o papel de sujeito, dizendo-se, portanto, amamo-nos, mas amamos nós? Na segunda pessoa do mesmo número, a linguagem culta mantém o -s em ambos os casos, mas a popular por vezes omite-o.»