Na frase a), «para mim» é o modificador ou o adjunto adverbial de fim (dantes, em Portugal, chamava-se complemento circunstancial de fim; cf. Nomenclatura Gramatical Portuguesa de 1967, B. I.2.), passível de ser posto em correspondência com uma oração subordinada adverbial final de infinitivo: «As tarefas difíceis ficavam para eu as fazer.»
Na frase b), «destas crianças» pode ser encarado como o complemento de uma expressão mais extensa, com a função de predicativo do sujeito e que surge abreviada (elipse): «O que será (o futuro) destas crianças?» No entanto, a sequência «ser de» é também registada como uma construção especial do verbo ser, a qual, entre outras aceções, tem a de «acontecer», significado que é o que adquire na frase b). Énio Ramalho no seu Dicionário Estrutural, Estilístico e Sintático da Língua Portuguesa (Livraria Chardron e Lello e Irmãos – Porto), dá abonações para este uso:
«ser de: que há-de s[er] de mim, agora?... (que me irá acontecer, como irei viver, etc.?); se não fossem aquels ladrões, que seria hoje de Basílio nesta sociedade de Lisboa, e casado com Guilhermina? (qual seria a sorte de?) – Camilo [Castelo Branco [...].»