Sem contexto, torna-se difícil saber de que palavras se trata. Mesmo assim, com base no Dicionário de Ronga de Rodrigo de Sá Nogueira (Lisboa, Junta de Investigações do Ultramar, 1960), vamos procurar algumas pistas:
kulca
Não registado, até porque a letra <c> não é empregada pelo autor. As formas aparentemente mais próximas são kuleka, «amarrar, atar, prender», e kuluka, «ser gordo, engordar (em relação a pessoas)».
m´tchovelo
Não registado. Como referimos, a letra <c> não é empregada pelo autor; e a letra <v> só ocorre em início de um número reduzido de palavras, em contexto intervocálico só verificamos <w>. Não encontrámos <m’t>, nem <tk> em início de palavra, logo, as formas encontradas que mais se aproximam são khwela, «montar um animal ou um veículo», e xwela, «tardar, nascer do sol».
côi/ kôi
Não registado na sua forma nem numa forma aproximada.
botuva
Não registado. A forma que mais se aproxima é botwa «panela de ferro fundido de três pés».
chicafo
Não registado na sua forma nem numa forma aproximada.
Graficamente, estas palavras parecem não pertencer ao ronga de Moçambique. Verifique a autenticidade da fonte. É possível que correspondam foneticamente a palavras do ronga, contudo, não encontrámos nenhuma forma aproximada para côi, nem para chicafo.
Cf. Glossário de moçambicanismos, recolhido pelo tradutor e professor português Vítor Santos Lindgaard.