O Dicionário de Termos Médicos, de Manuel Freitas e Costa, edição da Porto Editora, acolhe, sem preferência por qualquer deles, os vocábulos otospongiose e otosponjose (de oto- e esponja e -ose); diz que se trata de «osteodistrofia primitiva da cápsula labiríntica que provoca uma surdez progressiva», e que o sinónimo correspondente é otosesclerose, com a variante não preferível otosclerose.
O Dicionário Eletrônico Houaiss (brasileiro) regista otospongiose, mas remete-nos para otoespongiose (o termo preferível); chama-lhe «formação anormal de osso esponjoso no labirinto ósseo, doença hereditária da orelha média, de evolução progressiva e que leva à surdez».
Quanto a espongiforme («que tem forma ou aparência de esponja»), é de salientar que vem de «espong(i/o)- + -forme»; e o elemento de composição espong(i/o)- é um «antepositivo, do gr[ego] spóggos,ou, pelo lat[im] spongĭa "esponja" (f[orma] esta que é a vulg[ar] desde o sXV), na terminologia científica do sXIX em diante: espongélia, espongelíneo, espongíada, espongiário, espongiforme, espongila, espongilíneo, espongina, espongioblasto, espongiófito, espongióide, espongiomorfo, espongocela, espongocilia, espongodisco, espongômona, espongopirena, espongosfera, esponguríneo, esponguro, entre outros». Assim, como tudo indica, é a etimologia que explica, como quase sempre, estas diferenças de grafias.