A numeração romana não servia para as operações aritméticas.
Os romanos usavam a expressão «calculus ponerer» para exprimir a acção de colocar pedrinhas numa superfície para a contagem e para as operações aritméticas. Mais tarde surgiu o verbo “calculare”.
Para além de usarem pedrinhas, os romanos usavam ábacos para fazerem as contas, visto que os números que usavam não eram operacionais. Desconheciam o símbolo zero e apenas usavam símbolos que representavam números inteiros.
Não obstante, a Língua Latina tinha palavras que designavam os números fraccionários. Exemplos:
um meio – “dimitia pars”
um terço – “tertia pars”
um quarto – “quarta pars”
três sétimos: “tres septimae” (partes)
etc.
Tinham ainda numerais distributivos.
Exemplos:
um para cada um – “singuli”
dois para cada um – “bini”
três para cada um – “terni” ou “trini”
etc.
Possivelmente, os engenheiros usariam símbolos e abreviaturas nos seus trabalhos preparatórios, mas é natural que fossem de uso limitado e até secreto de acordo com o princípio de que “o segredo é a alma do negócio”. Por este facto, não são conhecidos os símbolos que possivelmente tiveram uso restrito. Note-se que são conhecidas inscrições egípcias que devem representar valores fraccionários.