São todos adjetivos no grau normal. Sucede, contudo, que são adjetivos que têm um significado equivalente a «muito grande», isto é, ao superlativo absoluto analítico de grande; este facto explica que eles não aceitem esse grau: *“muito imenso”, *“muito enorme”, *“muito fabuloso”. Note-se que, ainda hoje, há muitos estudiosos da norma que consideram que imenso não deve ser usado como sinónimo de muito, nem como advérbio («gosto muito de doces») nem como quantificador indefinido («como muitos doces»). Nesta perspectiva, deveria, portanto, dizer-se «muitos problemas» ou «inúmeros problemas», mas não *«imensos problemas» (cf. Rodrigo de Sá Nogueira, Dicionário dos Erros e Problemas de Linguagem, e Vasco Botelho do Amaral, Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa, Porto, Editora Educação Nacional, 1938).