A forma cuata está registada no Dicionário de Regionalismos Angolanos (Guimarães Editores, Editora Contemporânea, 1997), de Óscar Ribas, como uma interjeição designativa de incitamento equivalente a «Segura! Agarra! Fila!», como refere o consulente, sendo uma palavra proveniente do quimbundo kukuata, «agarrar».
Trata-se, segundo a mesma fonte, de uma interjeição que «serve para atiçar cães, a fim de perseguirem alguém ou outro animal». Este autor especifica também o modo de uso da interjeição da seguinte forma: «Então, com os dentes cerrados, vai-se emitindo um som sibilante, mais ou menos assim: sque-sque-sque.»
O som sibilante acima referido poderá explicar a produção que o consulente ouviu, formando-se eventualmente uma sequência «cuata-sque-sque-sque-cuata». Outra possível explicação é que es- seja uma partícula de reforço ou um intensificador, à semelhança do des- no popular deslarga, forma que também não está dicionarizada, mas que é usada em contextos informais.
Sendo uma interjeição, poderá haver uma certa flexibilidade conforme o contexto de produção – seja por uma das razões acima propostas ou até por outra razão não vislumbrada –, mas a forma consagrada é cuata.