A frase tal como está torna-se algo paradoxal, porque não se espera que ter ideias seja motivo de tristeza. Será que a versão original da frase é «o triste não é não ter ideias, triste é não ter ideias para trocar»? Se é, a frase afigura-se muito mais lógica, porque permite supor que a existência de ideias pode parecer uma situação ó{#p|}tima, mas não tem valor nenhum se tais ideias não forem partilhadas e discutidas com os outros.
Note-se que esta frase contém uma figura de sintaxe denominada elipse, porque omite palavras que podemos subentender. Apresentamos dois exemplos, pressupondo a versão atrás proposta:
1 — «O (que é) triste não é ter ideias, triste é não ter ideias para trocar.»
A palavra que é considerada por alguns autores pouco elegante, pois é pequena e átona. Por isso, evitam a sua utilização, nomeadamente Eça de Queirós.
2 — «O (acontecimento) triste não é ter ideias, (acontecimento) triste é não ter ideias para trocar.»
A palavra acontecimento poderá ser substituída de acordo com o gosto do leitor.