O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira) só acolhe a palavra do género feminino drusa (plural, drusas), com duas acepções: «[anatomia botânica] massa globular formada por cristais em forma de agulha, ger. compostos por oxalato de cálcio, encontrada fixa à parede celular ou livre no citoplasma»; «[geologia] grupamento irregular de cristais no interior de um geodo ou em cavidades de filões». O referido dicionário nada diz quanto ao uso da palavra no campo da oftalmologia, mas, na nota etimológica, indica que a origem está no termo alemão Druse, «drusa», que é da mesma família de Drüse (substantivo feminino; plural Drüsen), «glândula».
O Grande Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora só regista drusa, confirmando a origem alemã (Drüse, «glândula»); indica que é termo usado em mineralogia com duas acepções próximas de uma das anteriormente expostas: «cavidade de uma rocha revestida de cristais»; «grupo de cristais, ligados entre si num conjunto asteriforme, no interior de algumas células vegetais».
Em conclusão, drusa é a forma portuguesa de um termo usado em anatomia botânica, em geologia e em mineralogia. Já a forma "drusen", além de não se encontrar registada nos dicionários consultados (a não ser talvez sob a forma dos étimos Druse e Drüse), é graficamente incompatível com os princípios da ortografias que vigoram no Brasil e em Portugal. Com efeito, para que uma palavra portuguesa termine com a letra -n, é necessário colocar um acento na penúltima sílaba (cf. ciclâmen, cólon, hífen), o que significa que a grafia mais adequada seria "drúsen". Sem acento, ter-se-ia de colocar aspas ou itálico para indicar que se trata de um termo estrangeiro (drusen).