Não é uma pergunta estranha, porque de há uns anos a esta parte, talvez por influência do inglês, se está vulgarizar uma construção de valor indeterminado que recorre a formas de segunda pessoa, a qual é sinónima de outras mais tradicionais, por exemplo, com o pronome se, a expressão uma pessoa, o pronome nós ou a gente (em registo informal). Os exemplos que se seguem são praticamente equivalentes:
1) «O melhor é não se pensar nisso.»
2) «O melhor é uma pessoa não pensar nisso.»
3) «O melhor é não pensarmos nisso/a gente não pensar nisso.»
4) «O melhor é não pensares nisso.»
No caso vertente, «de ti» corresponde «a de ninguém», se lhe for atribuída uma leitura indeterminada:
5) «Isso não depende de ti.»
6) «Isso não depende de ninguém.»