De acordo com o Dicionário Houaiss, pode continuar a pronunciar vilões, mas não deve abespinhar-se se encontrar a variante vilãos ou, mesmo, vilães (embora nem todas as obras consultadas refiram esta última variante). Qualquer destas formas é possível para o plural de vilão, palavra que admite ainda dois femininos: vilã e viloa.
A respeito do plural das palavras terminadas em -ão, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, refere o seguinte:
«1. Os substantivos terminados em -ão formam o plural de três maneiras:
a) a maioria muda a terminação -ão em -ões:
balão/balões, botão/botões, canção/canções, etc.
Neste grupo incluem-se todos os aumentativos:
amigalhão/amigalhões, narigão/narigões, sabichão/sabichões, etc.
b) um reduzido número muda a terminação -ão em -ães:
alemão/alemães, cão/cães, pão/pães, etc.
c) um número pequeno de oxítonos e todos os paroxítonos acrescentam simplesmente um -s à forma singular:
cidadão/cidadãos, bênção/bênçãos, órfão/órfãos, etc.
Observações:
1.ª Neste grupo incluem-se os monossílabos tónicos chão, grão, mão e vão, que fazem no plural chãos, grãos, mãos e vãos.
2.ª Artesão, quando significa "artífice", faz no plural artesãos; no sentido de "adorno arquitectónico", o seu plural pode ser artesãos ou artesões.
2. Para alguns substantivos finalizados em -ão, não há ainda uma forma de plural definitivamente fixada, notando-se, porém, na linguagem corrente, uma preferência sensível pela formação mais comum, em -ões. É o caso dos seguintes:
aldeão/aldeãos/aldeões/aldeães, ancião/anciãos/anciões/anciães, corrimão/corrimãos/corrimões, etc.
Observação:
Corrimão, como composto de mão, devia apresentar apenas o plural corrimãos; a par desse, existe também corrimões, por esquecimento da formação original da palavra.»
A razão de tantos e tão diversos plurais para uma mesma terminação percebe-se melhor consultando a resposta anterior Plural de palavras terminadas em ão, do prof. F. V. Peixoto da Fonseca.