Não vejo por que razão possa considerar-se incorrecta a atribuição de género aos nomes científicos escritos em latim.
Nas palavras latinas, o ch deve pronunciar-se como [k].
Na minha profissão são frequentemente usados nomes científicos em latim para designar grupos taxonómicos, como os de filo, classe, ordem, família, género ou espécie. Exceptuando o caso dos dois últimos grupos, há geralmente termos em português que podem ser usados em alternativa aos latinos (por exemplo, Cordados em vez de Chordata). No caso do género e da espécie (e também da subespécie), este aportuguesamento não é utilizado, mas é frequente a atribuição de género aos respectivos termos. Com efeito, é, por exemplo, comum dizer-se ou escrever-se "o" Homo sapiens, ou apenas "o" Homo, "o" Cerastoderma (género a que pertence o berbigão-vulgar), "a" Sardina pilchardus (nome científico da sardinha), ou "o" Gadus morhua (nome científico do bacalhau-do-Atlântico).
No meu curso de licenciatura conheci um professor que dizia ser incorrecta esta atribuição de género aos nomes científicos escritos em latim, mas, o que é facto é que é muito frequente, tanto no meio científico português, como no de outros países.
Podem esclarecer esta questão?
Já agora, podem também esclarecer como se deve pronunciar o "ch" no nome em latim pilchardus acima referido (x ou c)?
Muito obrigado pelo vosso excelente trabalho.
Não vejo por que razão possa considerar-se incorrecta a atribuição de género aos nomes científicos escritos em latim.
Nas palavras latinas, o ch deve pronunciar-se como [k].
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