Enquanto nome/substantivo, a palavra soldado pode formar o grau aumentativo de duas formas:
— analiticamente, «juntando-lhe um adjectivo que indique aumento [grande, enorme], ou aspectos relacionados com essas noções» (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 17.ª ed., Lisboa, Sá da Costa, 2002, p. 199), do que resultam formas como «grande soldado», «soldado enorme» (cujo valor é bastante diferente, pois um «grande soldado» corresponde a alguém que se distinguiu pelas suas qualidades enquanto soldado, ao passo que um «soldado enorme» designa um militar de estatura elevada);
— sinteticamente, «mediante o emprego de sufixos especiais» (aumentativos -ão, -aço, -aça, -uça, -ázio, -anzil, -aréu, -arra, -orra, -astro, -az; cf. idem, pp. 90-92), a partir do que se obtêm formas como: soldadão, soldadozão, soldadaço.
Exceptuando o caso de soldadão, que está atestado no capítulo «Aumentativos» de Nos Garimpos da Linguagem (Rio de Janeiro, Liv. São José, 1959), de Luiz Autuori e Oswaldo Proença Gomes, as restantes formas são exemplos de possíveis aumentativos de soldado, feitas a partir das regras de formação dos aumentativos. Trata-se, portanto, de aumentativos que não se encontram dicionarizados nem estabilizados, que podem ocorrer em situações informais, em casos de uso da linguagem familiar e corrente, para se traduzir uma situação em que se realce, pela positiva ou pela negativa, um determinado soldado.