Em princípio, seria possível formar o aumentativo de todas as palavras em apreço mediante a junção do sufixo -zão. No entanto, há restrições a tal uso, como se mostra nos seguintes comentários:
Limão
Como os limões têm o tamanho determinado pelas árvores onde se desenvolveram, não será fácil encontrar limões muito diferentes no mesmo lote. No entanto, pontualmente, alguém poderá dizer: limãozão.
Ladrão
Quando falamos de ladrões, sentimos alguma emoção. Por isso, é natural que digamos: «Ele é um ladrãozão.»
Cidadão
Em relação aos cidadãos, partimos do princípio de que somos iguais perante a lei. Assim, o aumentativo não tem justificação.
Pão
Em relação ao pão, existem várias qualidades, formatos etc. O tamanho não é o mais importante. Deste modo, o aumentativo sintético não é frequente. Usamos aumentativos analíticos. Exemplo: «Pão muito saboroso... muito agradável... muito guloso... etc.»
Emoção
Como emoção é um substantivo abstra{#c|}to, também a forma analítica não é usual. Preferimos aumentativos analíticos: «emoção forte... inesquecível... violenta... etc.»
Porão
Porão é uma caixa de dimensões fixas. Os leigos não sabem avaliar o volume, e os técnicos possuem conhecimentos específicos que utilizam quando necessário. O aumentativo sintético não tem portanto uso.
Cruz
Um aumentativo de cruz poderá ser cruzeiro acrescido das respectivas dimensões.
Coração
Os corações têm dimensões fixas de acordo com as espécies dos animais. Por isso, o aumentativo, mesmo em sentido metafórico, tem formas analíticas: «coração enorme», «coração de ouro», «coração de pomba», etc.