Como é sabido, na fala, até 10 (Celso Cunha e Lindley Cintra) inclusive, usam-se os ordinais e depois os cardinais, sempre que o numeral vier depois do substantivo. Logo, a escrita 2.º, 3.º (pontos a seguir aos algarismos e antes do índice), 15, 16, reproduz a fala e obedece a esta norma.
Na escrita, é costume na comum língua a numeração de reis, papas ou séculos ser representada com os números romanos, dado que estes têm a faculdade de servir ora de ordinais ora de cardinais: D. Pedro II (segundo), Bento XVI (dezasseis/dezesseis).
Não recomendo que se esqueça a tradição; a verdade, porém, é que, neste caso, a representação na escrita em algarismos arábicos, ordinais e cardinais, apresenta a vantagem de indicar, explicitamente, a norma da fala às pessoas que a desconheçam. Poderá dizer-se que este sistema representa uma indiferença pelas convenções, ou, por outro lado, que é uma inovação... Do `meu´ ponto de vista, penso que não traz grande mal à língua...
Ao seu dispor.