DÚVIDAS

Novo acordo, obras especializadas

Por favor, gostaria muito que esclarecessem quais seriam as entidades científicas ou normalizadoras de que trata a observação contida na base XIX do novo acordo ortográfico («As disposições sobre os usos das minúsculas e maiúsculas não obstam a que obras especializadas observem regras próprias, provindas de códigos ou normalizações específicas (terminologias antropológica. geológica, bibliológica, botânica, zoológica, etc.), promanadas de entidades científicas ou normalizadoras, reconhecidas internacionalmente»). Poderiam ser, por exemplo, a Ordem dos Advogados do Brasil, no que se refere ao Direito, ou o Conselho Federal de Medicina, no que diz respeito à Medicina?

Poderia ocorrer que uma entidade brasileira estabelecesse uma regra diversa da estabelecida por entidade portuguesa?

Muito obrigado.

Resposta

A obs. final da Base XIX do novo acordo é completada com a Base XXI, que prescreve:

«Para ressalva de direitos, cada qual poderá manter a escrita que por costume ou registo legal adopte na assinatura do seu nome. Com o mesmo fim, pode manter-se a grafia original de quaisquer firmas comerciais, nomes de sociedades, marcas e títulos que estejam inscritos em registos públicos.»

Qualquer das entidades que indica pode ter termos oficialmente registados.

É conveniente na unidade da língua, mas não obrigatório, que Portugal e Brasil adoptem as mesmas variantes (é para permitir a diferença que existem as duplas grafias).

Se houver uma entidade conjunta normalizadora, os termos técnicos e científicos também poderão ter alguma unidade. Aliás, isto está previsto no Preâmbulo do acordo de 1990, com a exigência de um Vocabulário Comum, normalizador nos termos em questão.

Novo acordo

Termos para Portugal: adote/m

Para o Brasil: sem alteração

NOTA: as duplas grafias não implicam alterações obrigatórias na escrita.

Ao seu dispor,

ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa