Nos dialetos setentrionais em geral, diria que há tendência para abrir mais as vogais átonas de maiúscula e maioria do que nos dialetos centro-meridionais e, portanto, na variedade-padrão do português europeu. O que é correto, em termos de pronúncia, portanto, depende do dialeto ou da variedade linguística que pretendemos utilizar, tendo em conta cada situação de comunicação. Um falante que pretenda usar adequadamente a variedade-padrão deve, portanto, pronunciar as palavras maiúscula e maioria com o a inicial semifechado (como o de abrir).
Porém, acresce que a pronúncia tida como padrão, que supostamente será a utilizada pela camada "culta" da população, é por vezes bastante difícil de determinar (por exemplo, os intervenientes na comunicação social, que tanta influência exercem hoje sobre a generalidade dos falantes, serão todos cultos?) e difícil de verificar (por falta de instrumentos de consulta fiáveis e exaustivos), além de que está sujeita à mudança no tempo.
Em todo o caso, parece-me que o [e] de letivo deve ser aberto (independentemente de a consoante muda que se lhe segue ter sido suprimida com o novo Acordo Ortográfico) e economia tem um primeiro [o] aberto na maior parte dos dialetos do português europeu.