Não é consensual o conceito de oração reduzida. Tradicionalmente e genericamente, considera-se que o que caracteriza uma oração é a presença de verbo em forma finita, não constituindo oração o termo em que o verbo surja numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio), sendo este termo considerado uma subunidade da oração em que se integra. No caso que apresenta, “estar doente” seria o complemento directo.
Modernamente, há bons gramáticos brasileiros (como Evanildo Bechara) que consideram orações reduzidas as constituídas por qualquer forma nominal do verbo, desde que apresentem autonomia sintáctica e possam ser substituídas por orações desenvolvidas. É o caso da frase que apresenta - que facilmente se pode transformar em “Penso que estou doente.” -, em que “estar doente” seria uma oração subordinada substantiva reduzida de infinitivo, objectiva directa, pois serve de complemento directo a “penso”.
A existência ou não de locução verbal depende essencialmente do que se pretende dizer. Pode usar-se um verbo auxiliar realmente apenas como mero verbo auxiliar que determina com mais rigor o modo como a acção se realiza (ex.: ter, ter de, haver, ser, começar a, pôr-se a, estar a, estar para, continuar a, tornar a, acabar de, deixar de, poder, dever, etc.), e, neste caso, existe locução verbal, ou podem utilizar-se duas formas verbais, cada uma com a sua autonomia semântica, constituindo dois verbos principais (ex.: custar responder, aconselhar a comprar, declarar ser inocente, etc.).