A palavra alemã "kitsch" (manifestação estética de valor inferior, que explora estereótipos sentimentalistas, melodramáticos ou sensacionalistas, geralmente associadas ao gosto popular) não tem correspondente em português.
Nem está, sequer, dicionarizada qualquer forma aportuguesada. Por exemplo, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa, tem a seguinte entrada:
«kitsch1. adj. m. e f. (Al.) Que é próprio de estilo, obra ou objecto artístico de valor estético inferior, mas normalmente segundo o gosto popular; que é de mau gosto.» E transcreve-se a seguinte frase do "Expresso" de 24-02-1999: «Programas americanos de uma piroseira sem limites, "kitsch".»
«kitsch2. s. m. (Al.): «Manifestação estética de valor inferior, mas de acordo com o gosto popular; mau gosto.» Nova abonação do mesmo semanário, de 13-10-1990: «Costumavam entremear a mercadoria com prateleiras de bom "kitsch".»
Os termos portugueses que mais se aproximam do sentido de "kitsch" talvez sejam foleiro, piroso ou pimba.
Mas também se pode optar pelos nossos «mau gosto» ou «má qualidade».