Cunha e Cintra, na Nova Gramática do Português Contemporâneo, pág. 138, referem que há situações em que um verbo pleno pode ser seguido de predicativo do sujeito, e chamam a esses predicados «verbo-nominais». Dão como exemplo, entre outros, «Paulo riu despreocupado».
Por sua vez, no Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa, diz-se do verbo vir que pode ocorrer com predicativo do sujeito quando significa «aparecer em determinado estado ou condição», e surge como exemplo «A mala vinha aberta».
Em ambos os casos, os autores “fogem” à designação de copulativo. Porém, desde que devidamente explicitado, e tendo em conta que, de uma forma simplista, o que caracteriza os verbos copulativos é o facto se serem seguidos por um predicativo do sujeito, não me parece errado fazer essa classificação, ainda que com todas as ressalvas, por forma a não se poder concluir que estes verbos são copulativos na sua estrutura lexical.