A conjugação do verbo instruir é associada à de verbos como atribuir ou constituir, pelo que não deveriam ocorrer formas como “instrói”. No entanto, talvez pela sua proximidade com construir, a forma “instrói” aparece em alguns textos, ainda que, muitas vezes, com sentido irónico, como no exemplo retirado do corpus CETEMpúblico:
“O fado é que induca, a lagosta é que instrói, lá diz o povo…”
Note-se ainda que este verbo tem uma utilização relativamente restrita, distribuída por duas áreas de sentido: educar e organizar. Nesta segunda acepção é usado em linguagem jurídica, significando organizar (um processo), e é sempre utilizada a forma mais conservadora. A forma “instrói” ocorre, como já se referiu, em sentido irónico ou significando educar, ou dar instruções.
Pelo exposto parece-me não ser de utilizar a forma instrói, qualquer que seja o modo ou a pessoa, a menos que se queira atribuir ao texto um registo popular ou irónico.