Este poema integra-se num conjunto em que o «eu» masculino castiga mordazmente a mulher. É preciso descrevê-la, «gélida mulher bizarramente estranha», e notar a nacionalidade inglesa. Segue, então, o retrato da femme fatale do tempo, ainda hoje comum. Ora, recusando o cerebralismo balzaquiano, o poeta sente-se fascinado por tanta frieza, mas, paradoxalmente, queda-se por uma expectativa passiva. Seria preciso, aqui, perceber a oposição entre adjectivos; entre o definido «a» e o indefinido «ninguém»; a oposição entre campos semânticos («paz dos céus», «assombro dos infernos»); como frieza se casa com dureza, etc. Há uma boa análise do poema em Janet E. Carter, Cadências Tristes, Lisboa, IN-CM, 1989, p. 125 ss.