Duvido que algum 'site' responda a esta questão. Dou-lhe dois lugares em papel, que acrescem ao artigo no Dicionário de Literatura, vol. I, p. 348: Jorge de Sena, Estudos de Literatura Portuguesa – I, Lisboa, 1982, p.113-117; Colóquio/Letras, 153-154, Jul.-Dez. 1999, p. 193-208. Na revista Camões, do Instituto Camões, n.º 4, Jan.-Mar. de 1999, p. 64-71, encontra-se um bom artigo de Fernando Pinto do Amaral sobre esse derradeiro livro (1853) e a questão do amor em Garrett. Os incidentes pessoais de uma intensa vida amorosa documentam – e lêem-se muitas vezes em filigrana – a lírica de poeta que faz do verso uma espécie de confidente, mostrando-se, aí, no «horror de si mesmo», na «euforia erótica», na hesitação entre a mulher-anjo e a fatal, ciumento, lembrando felicidade antiga, e melancólico. Seria preciso ver, simultaneamente, a simbólica vocabular, com não raros lugares-comuns mais da ordem do exclamativo, algum tom coloquial e breve. O êxito da poesia garrettiana em geral viveu, todavia, mais da alusão e das mulheres que nela se descobriam.