As preposições são fundamentalmente palavras de ligação, mas, evidentemente, com algum valor semântico.
A preposição em corresponde a um movimento até um determinado lugar. O objecto pode ficar visível ou deixar de ser visível. Exemplo: «Eu coloco o copo na mesa», «Eu ponho o prato no alguidar» e «Eu meti a colher na gaveta».
A preposição de marca o ponto de partida, a origem, o possuidor, a causa, o material, o assunto, etc. Exemplos: «Ele saiu de casa», «Esse prato veio da China», «Essa camisola é da Isabel», «Ele gritou de contente», «Este lápis é de madeira», «Ela está a querer saber da tua vida».
O uso das preposições também pode revelar uma forma regional, social ou pessoal de falar. Vamos ilustrar com expressões da gíria dos marginais. «Ele foi de cana» significa «Ele foi preso». A utilização da preposição de é muito vaga.
Noutros casos, podemos verificar que há alguma diferença. «Ele foi de ramona» (carro celular da Polícia) explica-nos o meio de transporte utilizado. «Ele foi na ramona» evidencia-nos o lugar em que ele fez a viagem.
Só em situações particulares poderemos dizer que a preposição em dá realce a uma frase.
Nunca funciona como superlativo porque as preposições não têm graus.
Em relação à frase proposta, parece-nos que ela não terá para muitos leitores o efeito pretendido, visto que o desejo de harmonia também é muito forte.
Para satisfazer a fluidez do discurso seria melhor: «Este, sim, é especialista em...», embora ambos sejam especialistas nessa matéria.
O advérbio sim colocado entre o sujeito e o verbo marca e muito bem a diferença. A mera utilização de diferentes preposições será muito menos eficaz.