Proponho a seguinte análise:
1.ª Oração coordenada: «É só irem à minha cidade».
2.ª Oração coordenada explicativa: «que vocês entenderão a situação».
Na primeira oração, há ainda a assinalar uma estrutura frásica complexa:
oração subordinante: «É só irem à minha cidade»
oração subordinada completiva: «irem à minha cidade»
Na análise da primeira oração coordenada, pode considerar-se «é só» como uma elipse de «é só preciso».
Uma análise alternativa consiste em considerar a sequência «é só irem» como um imperativo: «venham à minha casa». Esta análise encontra apoio num uso particular do verbo ser que vem descrito no dicionário da Academia das Ciências de Lisboa (s. v. ser):
«III. Como verbo modalizador, indica: 1. exortação, ordem, usado no presente do indicativo: Se tivermos de sair, é sair e acabou-se. Vêm aí as férias, é saber aproveitá-las. [...]»
Os exemplos incluídos na ctação são, portanto, equivalentes a estes outros:
1) «Se tivermos de sair, saiamos e acabou-se.»
2) «Vêm aí as férias, saibamos aproveitá-las.»