Uma das interpretações possíveis para a frase em apreço é a que faz. A frase pode equivaler a «um sabonete em forma de flor é colocado…» e, nesse caso, porque sabonete, como nome não animado que é, embora desempenhe sintacticamente a função de sujeito, do ponto de vista semântico não é ele quem age, mas quem sofre a acção.
Outra possibilidade que, diga-se em abono da verdade, muitos não aceitam é interpretar o pronome como indefinido, equivalendo a alguém. Aí a frase equivaleria a «alguém coloca um sabonete em forma de flor…», e a expressão «um sabonete em forma de flor» seria o complemento ou objecto directo do verbo.
Na prática, pela primeira das interpretações, a frase é passiva; pela segunda, activa. Note-se que o excerto apresentado não constitui uma frase plena, pois falta o complemento que designe o lugar e que é exigido pelas características lexicais do verbo colocar (quem coloca... coloca algo em algum lugar).