Actualmente, em Portugal, chama-se duche (do fr[ancês] douche) ao «jacto ou chuveiro de água que se aplica ao corpo de alguém, com fins higiénicos ou terapêuticos; banho de chuveiro». Além de duche, o Dicionário da Língua Portuguesa 2008, da Porto Editora, também regista ducha, nome (substantivo) feminino do Brasil, mas remete-nos para duche, o termo usual em português europeu. Contudo, usual não significa que o outro é incorre{#c|}to, dado que se trata, até, da forma usual em português do Brasil.
Assim, a consulta do Dicionário Eletrônico Houaiss permite-nos ver que regista a palavra duche e diz que é regionalismo de Portugal, mas encaminha-nos para a entrada ducha, onde encontramos todas as acepções desta palavra: «jato de água lançado sobre o corpo com finalidade higiênica e/ou terapêutica»; por extensão de sentido, «banho de chuveiro com jato forte de água»; numa derivação por metonímia, «local onde se toma esse banho» ou «espécie de chuveiro com jato forte»; numa derivação por metáfora, «grande quantidade» (por exemplo, «d[ucha] de ofensas») ou «oportunidade, momento de alívio; desafogo» (a exemplo de «vislumbrar o antigo orientador entre os espectadores funcionou como uma d[ucha]». Trata-se, ainda, de um regionalismo do Brasil (derivado por metáfora) com o significado de «censura severa; repreensão». Em medicina, é «administração de jatos de água, ar ou gases com finalidade terapêutica».