No Direito romano era usada a expressão “bonus pater familiae” para designar o abstracto cidadão normal, segundo os padrões sociais, cívicos e familiares da sociedade envolvente, por cujo comportamento eram aferidos certos conceitos como de «diligência», que, por antítese, serve para definir a “culpa”.
Quando hoje, feita a tradução dessa expressão, se diz, na jurisprudência, que alguém usou da «diligência própria dum bom chefe de família», quer-se dizer, em termos práticos, que não agiu com culpa ou, pelo menos, com culpa legalmente relevante.