«De onde vimos? Para onde vamos?» Foi há uns quarenta e tal anos que ouvi pela primeira vez estas perguntas. Não numa aula de filosofia, mas de português. O professor que as pronunciou chamava-se, e felizmente chama-se, F.V. Peixoto da Fonseca.
Ambas estão bem construídas no presente do indicativo dos verbos vir e ir. Como o estariam se a primeira forma verbal estivesse no pretérito perfeito do indicativo do verbo vir, como propõe (viemos), e a segunda no futuro, também do indicativo, do verbo ir (iremos). Passado e futuro podem ser sugeridos pelo presente.
É questão de estilo.