Que é o complemento direto de «verei» por representar, ou substituir, na frase, a palavra naus.
Estamos perante uma frase complexa em que a oração relativa «que eu não verei jamais» integra o grupo nominal que serve de sujeito:
«Singram soberbas naus [que eu não verei jamais].»
Sujeito – «soberbas naus que eu não verei jamais»
Predicado – «singram»
O sujeito desta frase complexa é constituído por um grupo nominal que tem dois modificadores restritivos, um deles constituído pela oração subordinada adjetiva relativa restritiva «que eu não verei jamais». A análise do grupo nominal que serve de sujeito –«soberbas naus que eu não verei jamais» – é a seguinte:
Núcleo do grupo nominal (e, consequentemente, do sujeito) – «naus»
Modificador um do nome – «soberbas»
Modificador dois do nome (a frase relativa) – «que eu não verei jamais»
O pronome relativo que tem como antecedente «naus» e, enquanto pronome, desempenha uma função na oração relativa «que eu não verei jamais», a função de complemento direto de «não verei»:
Sujeito – «eu»
Predicado – «que não verei jamais»
Verbo – «não verei (jamais)»
Nota:
Como o verbo ver é transitivo direto, é completado com um complemento direto, que vai ser constituído pelo vocábulo – o pronome que – que representa o objeto que não vai mais ser visto.
Complemento direto – que (pronome relativo que na frase substitui o termo «naus», que o antecede)
Poderíamos ainda considerar que jamais constitui um modificador do predicado, com valor temporal.