Dentro do típico «romance urbano» alencariano em que se insere Cinco Minutos, percebemos a centralidade do amor romântico, como, escreveu Heron de Alencar, «rectificador de conduta e factor de categorização social». À boa maneira do tempo (Alencar vive entre 1829 e 1877, sendo conhecido a partir de 1856), tematiza-se, não propriamente o amor, mas a «situação social e familiar da mulher em face do casamento e do amor». Os pais são vistos como tiranetes que defendem o interesse do agregado; as jovens preferem obedecer ao coração. O decorrente conflito é, já, um lugar-comum em heroínas de romances do mesmo ciclo, como A Viuvinha, A Pata da Gazela, Sonhos d'Ouro e outros cujas histórias não recordamos agora.