A Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha, autor brasileiro, não prevê o pronome lhe como sujeito de orações.
No entanto, poderemos apresentar uma frase coloquial em que o pronome lhe funciona como sujeito de uma oração subordinada. Tomemos por exemplo: «O pai mandou o filho fazer este trabalho», ou abreviadamente, «O pai mandou-lhe fazer este trabalho.» Assim, a oração principal ou subordinante inclui a oração subordinada infinitiva: «O pai mandou-/lhe fazer este trabalho.» A segunda oração é complemento objecto directo da primeira, na qual se encontra encaixada. O pronome lhe funciona como sujeito da segunda oração.
Em Portugal, esta frase não é previsível porque diríamos: «O pai mandou-o fazer esse trabalho.»