DÚVIDAS

Apóstrofo nos nomes

Um amigo meu, que trabalhou numa conservatória do registo civil, disse-me em tempos que já não se usa o apóstrofo nos apelidos. Como um dos professores que nos tiram dúvidas no vosso simpático consultório usa o apóstrofo no seu nome, D' Silvas Filho, permito-me perguntar se é correcto escrever Mendes d'Eça (em vez de Mendes de Eça), Lop'Antunes (Lopo Antunes), Luís d'Mendes Correia (Luís de Mendes Correia), Raul d'Santos Albuquerque (Raul dos Santos Albuquerque), etc., etc.

Resposta

Tem razão. Já não se usam apóstrofos nos nomes.
O que acontece é que D´ Silvas Filho não é o meu nome real, mas o meu nome de autor textual. Este nome foi registado como pseudónimo literário, e exactamente com esta forma, em Junho de 1990, na Direcção-Geral dos Espectáculos e do Direito de Autor, em Portugal.
Ora a norma em vigor refere: «Para ressalva de direitos, cada qual poderá manter a escrita que, por costume ou registo legal, adopta na assinatura do seu nome.».
Quanto ao uso do apóstrofo (sinal de elisão), o que é habitual é representar a supressão duma vogal que antecede outra vogal (ex.: Mendes d´ Eça e não Luís d´ Mendes).
D´ Silvas Filho, porém, tem um valor simbólico e foi simplificado para não parecer excessivamente pretensioso. A sua justificação é feita num dos meus livros, cujo título não acho próprio referir aqui e agora.

Ao seu dispor,

ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa