A palavra anti-retroviral é formada por dois elementos: anti- e retroviral, que é um adje(c)tivo relacionado com retrovírus, ou seja, qualquer elemento do tipo 'retroviridae'. 'Retroviridae': «Família de vírus com ARN, esféricos, rodeados por um invólucro. Contém sete polipéptidos, entre os quais uma transcriptase inversa capaz de sintetizar o ácido desoxirribonucleico a partir do ácido ribonucleico (ao invés do mecanismo habitual de transcrição).» Este fa(c)to permite-lhes introduzirem-se nas células hospedeiras tanto do genoma ADN como nas que têm genoma ARN. Na sua maioria são oncogénicos. Os 'Retroviridae' repartem-se conforme a sua patogenicidade por três subfamílias, os 'Oncovirinae', os 'Spumaviriae' e os 'Lentivirinae'. Pertencem a esta família nomeadamente os vírus das leucoses animais e o vírus da imunodeficiência humana. Vemos, pois, que o elemento anti- já integra a formação inicial da palavra (e do conceito) retroviral. Só posteriormente, com a descoberta do respe(c)tivo antídoto, o elemento anti- passa a constar da formação dessa nova palavra: anti-retroviral.
N.E. – (2/10/2013) O adjetivo antirretroviral deixou de se grafar com hífen, passando a escrever-se com dois r após a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990, conforme o ponto 1 da Base XVI. Com a queda das consoantes mudas deu-se também esta alteração: adjetivo e respetivo, sem o "c" intercalar. Cf. Base IV - Sequências Consonânticas.