O condicional é considerado, por muitos autores, um modo e ao mesmo tempo um tempo verbal. Tentarei explicar esta dicotomia, usando os seus próprios exemplos.
Quando o condicional exprime a ideia de realização de uma acção posterior ao momento da enunciação, ou seja, quando marca uma localização temporal relativa a um passado, é considerado um tempo verbal. Por esta razão, é designado também por futuro do pretérito:
(1) «Ele disse que não viria.»
Quando o ponto de perspectiva temporal não é um tempo passado, o condicional adquire um valor modal, pois é usado não para marcar temporalmente um futuro do passado, mas sim para exprimir uma dúvida, uma incerteza:
(2) «Segundo o médico, a causa da morte seria traumatismo craniano.»
O condicional é, ainda, usado para exprimir um desejo, de uma forma delicada:
(3) «Gostaria de saber como seria melhor pontuar o texto.»
O pretérito imperfeito do indicativo, por sua vez, é um tempo gramatical com informação de passado, mas que em muitas construções pode expressar também modalidade. É por este motivo que é designado por imperfeito de cortesia:
(4) «Gostava de saber como seria melhor pontuar o texto.»
O futuro do indicativo pode também, em certos contextos, exprimir modalidade:
(5) «Gostaria de saber como será melhor pontuar o texto.»
Em conclusão, todas as frases que apresenta são correctas, tendo em conta que cada forma verbal expressa valores semânticos diferentes.
Disponha sempre!