Os especialistas em semântica nominal consideram a existência de duas operações de quantificação nominal: operação de quantificação de contagem e operação de quantificação de medição.
Quando nos referimos aos diferentes tipos de açúcar — refinado, mascavo, etc. — não estamos a contar, mas sim a medir.
E, neste caso, quando nomes não contáveis designam tipos ou qualidades de uma dada substância, admitem, efectivamente, plural:
(1) «Essa região produz excelentes vinhos!»
(2) «Este supermercado vende diferentes açúcares» (prescinde-se da expressão «tipos de»).
Estes exemplos no plural ilustram bem a possibilidade de recategorizar nomes não contáveis. Nomes como sumo ou refrigerante são não contáveis, mas, através de um processo de metonímia, passam a ter um comportamento contável:
(3) «O João bebe só sumo à refeição.» [não contável]
(4) «Ontem, o João bebeu três sumos!» [contável]
(5) «Ontem, comprámos dois refrigerantes!» [contável]