Segundo Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, pp. 641-642, «A vírgula serve [...] para isolar o adjunto adverbial antecipado», porém, «quando os adjuntos adverbiais são de pequeno corpo (um advérbio, por exemplo [como é o caso da palavra nomeadamente]), costuma-se dispensar a vírgula. A vírgula é, contudo, de regra quando se pretende realçá-los.» Ex.: «Depois levaram Ricardo para a casa da mãe Avelina»; «Depois, tudo caiu em silêncio» (itálicos e parêntesis retos meus).
Deste modo, e respondendo diretamente à questão do consulente, creio que não existirá uma regra cabal que obrigue ao uso da vírgula antes, depois, ou antes e depois, da palavra sugerida pelo consulente, sendo que a sua utilização será, portanto, opcional, dependendo da intenção comunicativa do enunciador. Atente-se, por exemplo, nas seguintes ocorrências: «Coordenar os cursos do ensino secundário, nomeadamente, praticar todos os actos necessários e inerentes à gestão pedagógica nos seguintes exemplos [...]» (Diário da República); «Vários responsáveis regionais, nomeadamente o ministro da República, contestaram os despedimentos [...]»; «Apesar de Duisenberg não ser particularmente simpático para os países do Sul, devido nomeadamente aos comentários depreciativos sobre os seus esforços de saneamento das finanças públicas [...]» (Corpus CETEMPúblico).