De acordo com o Dicionário Inverso do Português (Lisboa, Edições Cosmos, 1993) de Ernesto de Andrade, não há uma unidade lexical que graficamente termine em oua. Ela pode existir, no entanto, em sequências como lavou-a, em que se dá o encontro entre -ou, unidade morfológica relativa à flexão verbal, e o pronome pessoal átono feminino de 3.ª pessoa, a. De qualquer modo, “oua” não existe nunca como terminação de palavra; em vez disso, surge como uma sequência em que o pronome está separado da terminação verbal por um hífen.
Na pronúncia dialectal, é possível encontrar a sequência [owɐ], que poderia ser representada graficamente por “oua”. Por exemplo, em certos dialectos de Portugal, a palavra Lisboa é pronunciada [liʒ'bowɐ].
Quanto a saber se estamos perante um tritongo, a definição dada pela consulente está corre{#c|}ta. A resposta é, portanto: a rigor, não estamos perante um tritongo, como o que se encontra em fiai (imperativo de fiar), isto é, [fjaj], em pronúncia mais rápida, no qual encontramos uma sequência de semivogal, vogal e semivogal ([jaj]).