No mundo ocidental, a maioria dos sistemas de escrita são baseados no alfabeto latino, que por sua vez era uma modificação do alfabeto grego.
O alfabeto apareceu na Grécia, mas primitivamente ele era composto apenas por letras maiúsculas. Contudo, é ainda no grego que se desenvolvem alguns diacríticos (entre os quais o acento agudo, o acento grave e o acento circunflexo), na era helenística (entre os sécs. IV e I a.C.).
O latim conhecia também alguns sinais diacríticos para indicar a quantidade das vogais (por ex., uma barra horizontal sobre uma vogal indicava que ela era longa), mas eles não eram usados de uma forma sistemática. Há alguma especulação de que este sinal de vogal longa deu origem posteriormente ao acento agudo, pois muitas vogais longas eram tónicas.
Convém frisar que antigamente apenas as camadas mais educadas da população sabiam escrever, o que deu origem a que alguns sistemas de escrita tivessem sido desenvolvidos conscientemente por um único indivíduo (por exemplo o alfabeto cirílico deve o seu nome ao seu inventor, que, baseando-se no alfabeto grego, acrescentou várias letras novas).
Até muito tarde a educação baseava-se no latim, o que significa que não raro aprendia-se a ler e a escrever em latim antes de se aprender a escrever e a ler na própria língua ou antes mesmo de haver uma grafia mais ou menos estabelecida para as línguas vulgares. Por esta razão o alfabeto latino foi tão difundido no Ocidente.
Frequentemente também as línguas vernáculas apresentavam sons que não existiam em latim, o que obrigava os falantes a modificar o alfabeto latino de alguma forma ou a encontrar combinações de letras que representariam sequências impossíveis de sons nessas línguas e adoptá-las como representação de sons da sua língua inexistentes em latim (p. ex., como em português nunca houve aspirações, a combinação nh, tomada composicionalmente, seria impossível em português e estava assim disponível para representar um fonema para o qual não havia uma letra específica porque era inexistente em latim).
Provavelmente, a origem do til está na letra N, escrita de uma forma mais abreviada e este sinal já se encontra nos textos medievais.