A função de me na frase apresentada pela consulente deverá ser de complemento direto, tal como na súplica da personagem Maria no drama Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett: «Meu querido pai, levai-me, por quem sois, convosco.»
Contudo, o contexto poderá ser diferente, e o enunciador poderá querer dizer «Meu pai, levai-me, por quem sois, a sopa à cama», situação em que o me é complemento indireto.
Assim, dada esta ambiguidade, teremos de especificar o contexto e, visto que se confundem as formas acusativa e dativa do pronome pessoal eu, devemos experimentar alterar o complemento direto, referindo-nos a ela para tornar mais clara a função sintática:
«Meu pai, levai-a, por quem sois.»