Estão todas correctas. A forma não reflexa (simplesmente casar, sem pronome) também se usa como verbo transitivo («eles casaram»/«o padre casou-os»).
Quanto à colocação do pronome reflexo se, vale a pena ler Inês Duarte (Língua Portuguesa. Instrumentos de Análise, Lisboa, Universidade Aberta, 2000, pág. 25):
«Um aspecto interessante da variação diacrónica [histórica] é que ela é detectável, por exemplo em gerações diferentes de falantes pertencentes ao mesmo grupo social, coexistentes num determinado momento no tempo. Assim, por exemplo, no português europeu contemporâneo, falantes cultos mais idosos aceitam dificilmente o fenómeno denominado subida do clítico [em nota: Este fenómeno consiste na ocorrência de um pronome átono junto de um verbo auxiliar ou principal que precede o verbo de que o pronome depende.] com verbos modais, enquanto os das gerações mais jovens o aceitam e produzem (e.g. gerações mais velhas: podes dar-me; gerações mais jovens: podes dar-me ou podes-me dar.»
No entanto, cabe referir que já Celso Cunha e Lindley Cintra (Nova Gramática do Português Contemporâneo, 1984, pág. 314/316) consideravam que o pronome átono tanto se podia ligar ao verbo principal (por exemplo, «vão casar-se») como ao verbo auxiliar («vão-se casar»). A opção entre uma posição e outra depende hoje sobretudo da musicalidade da frase.