Em «Naquele instante era só um pobre cego», cego é, na interpretação mais vulgar, um nome, e pobre, um adjectivo. Para esta interpretação, poderíamos ter as paráfrases: «Naquele instante era só um cego desafortunado»; «Naquele instante era só um cego sem importância».
Convém referir, no entanto, que não é impossível ter uma segunda interpretação (mais marginal) da frase em que cego é adjectivo, e pobre é nome. Seria o caso, se a frase se estivesse a referir a uma pessoa com poucos meios económicos, que tem como uma das suas características a falta de visão.