Não há dúvida de que o tudo é um sujeito colectivo que abrange a terra e o mar. Quanto ao segundo mar, é o predicativo do sujeito desta frase extraordinária do, para mim, nosso maior escritor, de estilo inigualável.
Antes de mais, bem haja pelo serviço que prestam!
Sendo professor de Língua Portuguesa no Colégio Internato dos Carvalhos e face à disparidade de respostas dos discentes, gostaria de confirmar a função sintáctica de constuinte frásico na oração «(...) porque a terra e o mar tudo era mar.» (Vieira, António. "Sermão de Santo António aos Peixes", cap. II).
1.º "tudo", pronome indefinido, englobando «a terra e o mar» – sujeito – , funciona igualmente como sujeito e não como atributo do sujeito (?), falando-se, pois, de sujeito composto;
2. º "Tudo" não se liga ao predicativo do sujeito "mar", não havendo anástrofe, pelo que a oração não poderia ser "porque a terra e o mar era(m) tudo mar"(?).
Não há dúvida de que o tudo é um sujeito colectivo que abrange a terra e o mar. Quanto ao segundo mar, é o predicativo do sujeito desta frase extraordinária do, para mim, nosso maior escritor, de estilo inigualável.
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