Não me parece que o recurso às aspas seja o mais apropriado para desfazer a ambiguidade que possa existir entre a forma substantiva e a forma verbal que a palavra testemunha pode assumir. Para esse efeito, no caso que nos apresenta, dispomos das vírgulas (1), dos parêntesis (2) ou dos travessões (3):
1. «(...) e ele, testemunha, disse que...»
2. «(...) e ele (testemunha) disse que...»
3. «(...) e ele – testemunha – disse que...»
Há, na língua portuguesa, muitas palavras homógrafas (palavras com a mesma grafia e significado diferente), como a deste caso, e é o contexto que costuma encarregar-se de desfazer a eventual confusão.