Presumo que a questão colocada se relaciona com a passiva presente na expressão «foi-me prometida», que, aliás, deveria ser «foi-me prometido», dado que o sujeito é «um retorno».
A voz activa equivalente a esta passiva, cujo agente da passiva não é expresso, por corresponder a uma entidade indefinida, é um plural «prometeram-me».
A construção subjacente é uma construção impessoal, que, na voz activa, pode ter o verbo no plural, ou no singular construído com o pronome indefinido se:
(1) – Dizem que haverá um agravamento da situação.
(2) – Diz-se que haverá um agravamento da situação.
(3) – Foi dito que haverá/haveria um agravamento da situação.
No entanto, se, nos casos em que o verbo é bitransitivo, estiver explicitado o complemento indirecto, a construção com o pronome indefinido não parece possível, como se poderá depreender nos exemplos subsequentes:
(1.1) – Dizem-me que haverá um agravamento da situação.
(2.1) – *Diz-se-me que haverá um agravamento da situação.
(3.1) – Foi-me dito que haverá/haveria um agravamento da situação.
Pela agramaticalidade de (2.1) poderemos concluir que na frase que o consulente apresenta não é, igualmente, possível a construção com o pronome indefinido se:
*promete-se-me um retorno.
Espero corresponder à sua expectativa, pois, como a sua pergunta não é muito clara, não tenho a certeza de estar a dar a resposta que pretendia. Estou à disposição para outras explicações caso não tenha interpretado bem a sua dúvida.