No Brasil, há certas formas verbais paroxítonas da terceira pessoa do plural do presente do indicativo e do subjuntivo, tais como “águam”, “ágüem”, “oblíquam”, “enxáguam”, “enxágüem”, que recebem, como podeis ver, um acento agudo na sílaba tônica, a penúltima. É assim na ortografia do português brasileiro. Ocorre, todavia, que tal acentuação gráfica, de palavras paroxítonas terminadas em “am” ou “em”, não se enquadra em nenhuma regra de acentuação vigente no Brasil.
Diante deste fato, pergunto-vos: em que se baseia tal acentuação? Ela é errada ou certa?
Como as formas verbais acima seriam escritas em Portugal?
Muito obrigado.
Deve escrever-se “Tchernobil” ou “Chernobil”? A propósito dos 20 anos decorridos sobre o desastre nuclear nesta região da ex-URSS, actual Ucrânia, vi escrito na imprensa portuguesa ora uma forma ou outra.
Numa rápida busca pelo Google, verifica-se que a maior parte dos registos internacionais (melhor, os de língua inglesa) é com Ch (Chernobyl, com o y, que não faz parte do nosso vocabulário), enquanto os de língua portuguesa (especialmente os brasileiros) escrevem com Tch. Escrevem alguns, melhor dito, pois a Wikpédia, que adopta o português do Brasil, esreve com Ch.
Para além da questão de querer saber ainda se a forma aportuguesada leva ou não acento (a grafia seguida pelos brasileiros é, por regra, “Tchernóbil”), não estamos aqui na mesma querela sobre a grafia de nomes de países de origem eslava, como a antiga Tchecoslováquia/Checoslováquia?
Já agora, queria também saber porque é que para nomes, como Tchaikovsky ou Tchekhov (ou é Tchékhov?), se manteve o “Tch”, ao contrário do que se seguiu entre nós nos topónimos?
Finalmente: devemos pronunciar "Tchernóbil/Chernóbil" ou com o acento tónico no "il"?
Muito obrigado.
Em uma lição da escola de meu filho requisitaram dois exemplos de palavras terminadas em "oua". Penso que este tritongo não existe. Pois um tritongo seria semivogal-vogal-semivogal.
Na língua portuguesa, o “e” das terminações “em” ou “ens”, da sílaba tônica das palavras oxítonas ou agudas, recebe um acento agudo, que indica, além de tonicidade, timbre aberto. Exemplos: “armazém”, “reféns”, “Belém”, “palafréns”, etc.
Ocorre, entretanto, que, no português do Brasil, o supramencionado “e” não é pronunciado com timbre aberto, mas sim fechado. Dizemos, na verdade: “armazêm”, “refêns”, “Belêm”, etc.
Em face disto, pergunto-lhes: por que os brasileiros usam essa acentuação gráfica que nada tem que ver com a pronúncia normal brasileira? Ela seria uma acentuação gráfica que corresponderia à pronúncia dos portugueses e que foi imposta a nós brasileiros? Como vocês, aí na Europa, pronunciam o “e” da sílaba tônica das palavras acima mencionadas e de outras do mesmo gênero?
Muito obrigado.
Gostaria de saber o significado da da expressão «datavenha».
Se as vogais temáticas de verbos correspondem às vogais de suas conjugações, por que alguns tempos não apresentam a característica em questão? Por exemplo, o verbo “vender” conjugado no pretérito imperfeito do modo indicativo, apresenta após o radical a vogal "i", que não corresponde a vogal temática "e" de seu infinitivo.
Qual a origem, o porquê, da regra de acentuação dos hiatos "i" e "u"?
Gostaria de saber se a letra h não é mais considerada consoante. Desde quando?
Gostaria de saber a vosa opinião sobre qual o fenómeno fonético presente na passagem “som” > “sou”.
Obrigado.
Gostaria que me explicassem como se faz a translineação das seguintes palavras: «Uruguai» e «enxaguei». Pedia que me dissessem e explicassem a regra.
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