« (...) Portugal decretara o fim do y (e do k, do w, do ph, do th, dos mm, dos mn e dos nn) na sua grande reforma ortográfica de 1911 – que o Brasil, teimoso e desobediente, não seguira. Com isso, naqueles primórdios do século, o milenar Portugal já modernizara a sua língua enquanto o Brasil, que se julgava avançado e do Novo Mundo, continuara a escrever coisas como phonographo, Nictheroy e hypertrophia. Para piorar, condenara seus Ruys a um lado do Atlântico enquanto os Ruis ficavam do outro. (...)»
Assim se confessa o jornalista e escritor brasileiro Ruy Castro, que, em crónica publicada no Diário de Notícias de 2 de setembro de 2018, conta o que tem sido escrever o seu nome próprio com y no meio dos (des)entendimentos ortográficos entre o Brasil e Portugal.