Paulo J. S. Barata - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Paulo J. S. Barata
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Paulo J. S. Barata é consultor do Ciberdúvidas. Licenciado em História, mestre em Estudos Portugueses Interdisciplinares. Tem os cursos de especialização em Ciências Documentais (opção Biblioteca e Documentação) e de especialização em Ciências Documentais (opção Arquivo). É autor de trabalhos nas áreas da Biblioteconomia, da Arquivística e da História do Livro e das Bibliotecas. Foi bibliotecário, arquivista e editor. É atualmente técnico superior na Biblioteca Nacional de Portugal.

 
Textos publicados pelo autor
O

Assistindo à apresentação de um projeto, por uma professora universitária, surpreendi o uso da expressão: "mote de partida". A frase – cito de memória – era algo como: «aquilo foi o mote de partida para o arranque do projeto»… Ainda que porventura mais dissimulado, este é um novo exemplo de pleonasmo vicioso da mesma igualha de "<a href="/pelourinho.php?ri...

Há dias tive de usar a expressão meia-idade para, de forma irónica, me posicionar etariamente. Questionado sobre as balizas, e ao procurar precisar o conceito, deparo-me, nos dicionários que consultei, com o seguinte «consenso»:

• «Período da vida humana entre os 40 e os 50 anos, aproximadamente» (dicionário da Academia das Ciências de Lisboa);

• «Época da vida entre a maturidade e a velhice, aproximadamente entre os 40 e os 55 anos» (Houaiss)

• «A idade dos 30 aos 50 anos» (Priberam);

Um decote (demasiado) ousado

O omnipresente inglês faz com que um creme ou loção corporal para usar depois da exposição ao sol, da marca Corine de Farme, se apresente em português (?!) como «Leite "after sun"», naquilo que pretende ser a tradução do inglês After sun milk… Confesso que...

«É "desvastadora"»: assim se referiu à doença de Alzheimer um especialista naquela patologia, ao ser entrevistado no programa Bom Dia, Portugal*, da RTP 1, de 6 de novembro de 2013 (ca. das 8h50). E por duas vezes o fez!  Ora o que deveria ter dito era «devastadora», do latim devastāre, co...

A nasalização do ditongo ui, em muito, há "muinto" que faz parte da norma, como referem Celso Cunha e Lindley Cintra (Nova Gramática do Português Contemporâneo, p. 49). É possível que o ui se tenha tornado nasal por eventual influência ou assimilação da consoante nasal que inicia a sílaba mui-, ainda que esta pronúncia nunca tenha sido indicada graficamente através de til, de m ou de n</stron...